Qual a religião do Japão?

WeXpats
2021/07/01

As principais religiões no Japão são o xintoísmo e o budismo. O cristianismo também é praticado por uma parcela menor da população, e outras religiões também estão presentes em números menores. Com a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, o imperador Hirohito renunciou ao caráter divino atribuído à realeza pelo xintoísmo, e a nova Constituição do país passou a defender a liberdade religiosa para todos os japoneses.

Índice

  1. Xintoísmo

  2. Budismo

  3. Cristianismo

  4. Conclusão

Xintoísmo

Depois de sete gerações de divindades nascidas do próprio Cosmo, surgiu enfim o último casal, Izanagi e Izanami, que desempenhavam na tradição xintoísta o papel da criação. A palavra xintoísmo, shintou em japonês (神道), a qual pode ser traduzido como “o caminho dos deuses”. O primeiro ideograma, que é pronunciado como kami isoladamente, significa deus, divindade, ou poder divino, e o segundo significa caminho.

Embora a palavra kami possa ser usada para se referir a um único deus, ela também pode ser usada no coletivo para designar um grupo de deuses. Os kami são parte de todas as formas de vida e se manifestam em diversas formas. Existem kami na natureza que residem em rochas sagradas, árvores, montanhas, e em outros fenômenos naturais. A ausência de escritos sagrados no xintoísmo reflete na falta de mandamentos morais religiosos, porém enfatiza a pureza no ritual e a purificação dos que o praticam.

Budismo

Budismo, bukkyou em japonês (仏教) chegou ao Japão via Coréia no século VI, quando o rei de Paekche enviou uma estátua do Buda e cópias das suras ao imperador japonês. O budismo se espalhou rapidamente entre as classes altas. O príncipe Shotoku (574-622), que deu apoio imperial à construção de templos e é considerado o fundador do Budismo no Japão. 

No princípio do período Meiji (1868-1912), esse sistema entrou em colapso por meio de ondas de sentimento anti-budismo estimuladas pelo desejo do governo de eliminar a influência do budismo dos santuários xintoístas e fazer do xintoísmo a religião oficial do Estado. Como resposta a isso e à mudança do ambiente social da era moderna, o budismo passou a se esforçar para redefinir o seu papel no Japão.

Cristianismo

O cristianismo, kirisuto kyou (キリスト教) em japonês, começou no Japão no século XVI, quando o missionário jesuíta Francis Xavier desembarcou em Kagoshima. As atividades do missionário jesuíta estavam centradas no Kyushu. Os esforços dos jesuítas foram tratados em princípio com benevolência, contudo no governo Tokugawa, o Cristianismo foi proibido e os missionários expulsos do Japão.

Após o Japão ter abandonado a sua política de isolamento, os missionários estrangeiros voltaram em 1859. Durante esse período mais de 30 mil cristãos se declararam abertamente; eles pertenciam a grupos que se reuniam para reuniões clandestinas durante mais de 200 anos de perseguição. O crescimento do nacionalismo e a promoção da afiliação aos templos xintoístas como dever patriótico fizeram com que o século XX fosse difícil para os cristãos. Apesar da crescente popularidade das cerimônias de casamento no estilo cristão, o cristianismo no Japão é ainda considerado por muitos japoneses como religião "estrangeira".

Conclusão

Existem diversos templos budistas e santuários xintoístas no japão. Os templos budistas possuem a terminação com o kanji 寺 que pode ser lido como ji, tera ou dera. Já os santuários xintoístas, possuem a terminação jingu (神宮) ou jinja (神社). Tanto jingu como jinja podem ser traduzidos como santuário.

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