Como são as escolas japonesas? São diferentes de outros países?

WeXpats
2021/12/27

A educação japonesa é famosa por ser muito boa e a alfabetização no país é muito alta. Existem muitas diferenças entre escolas japonesas e escolas de outros países, e algumas podem parecer estranhas ou interessantes. Então venha conhecer mais sobre o sistema educacional japonês!

Índice

  1. Quais são as grandes diferenças?

  2. Educação obrigatória até os 15 anos de idade

  3. O sistema educacional japonês é estranho?

Quais são as grandes diferenças?

Características das escolas japonesas

Nas escolas japonesas, os professores devem ensinar e cuidar da parte nutricional, cívica, bukatsu, entre outras atribuições. E para ensinar solidariedade e cooperação, os estudantes fazem a limpeza das salas da escola, entre outras atividades juntos. Além das matérias que conhecemos, conceitos como ética, moral e caráter também são ensinados nas escolas japonesas, o que é bem visto por outros países, contudo deixa os professores cheios de tarefas e bem cansados.

No ensino japonês são realizados muitos testes (testes no meio do período, no fim, teste de admissão etc) e para que os estudantes tirem notas boas nas provas, a memorização é a principal forma de estudo. Porém, esse formato reprime a criatividade e curiosidade dos alunos, e para evitar isso, recentemente as escolas têm focado em desenvolver o pensamento crítico e o poder expressivo dos estudantes. 

Características das escolas de outros países

Em países como Alemanha, Estados Unidos e França os professores precisam ensinar apenas as aulas e não precisam se preocupar com atividades extracurriculares nem crescimento pessoal dos alunos. Em muitos países, as pessoas acreditam que as escolas devem ensinar matérias e outras questões como disciplina, boas maneiras e ética devem ser aprendidas em casa. 

Além disso, a educação foca em desenvolver as habilidades dos alunos, usando questões de múltipla-escolha que fazem o aluno raciocinar, enfatizando a curiosidade.

Educação obrigatória até os 15 anos de idade

No Japão, o ensino obrigatório começa com a educação primária que dura 6 anos, seguida pela educação secundária que dura 3 anos. As crianças entram na escola primária com 6 anos e se graduam da educação secundária aos 15 anos de idade, sendo que a partir daí podem começar a procurar trabalho ou seguir para o ensino médio (mais 3 anos). As idades do ensino obrigatório variam bastante de país para país, por exemplo na Alemanha também é até os 15 anos, na Inglaterra até os 16 anos, nos Estados Unidos até os 18 anos e no Brasil até os 17 anos de idade.

No Japão além das matérias escolares comuns como matemática, ciências, etc, aulas com aprendizados para o dia a dia como atividades extracurriculares, economia doméstica entre outras também são oferecidas.

O sistema educacional japonês é estranho?

Ensino que vai muito além do estudo

Além dos professores terem que ensinar boas maneiras, ética, moral, normas sociais entre outros, fazer as crianças comerem a merenda sem deixar sobrar nada e verificar a aparência dos alunos também faz parte do dia a dia do professor. Em muitas escolas existem regras sobre as cores de roupas íntimas, tipo de cabelo (comprimento e cor), sendo que às vezes problemas de assédio moral e sexual podem ocorrer. Ademais, roupas mais pesadas e quentes para o frio e intervalos para beber água são proibidos, fazendo com que alguns jovens fiquem doentes ou desidratados.

Regras assim são consideradas irracionais por muitas pessoas, e de fato nos últimos anos, os alunos, o governo central e local junto com as escolas têm reavaliado muitas dessas regras.

Educação sexual sendo negligenciada

Educação sexual é ensinada em muitos países como obrigatória, ensinando as crianças a como reagir caso sejam violentadas e a quem consultar, além do ensino sobre métodos contraceptivos, porém no Japão esse assunto ainda é considerado um tabu. Sendo ensinado apenas nas escolas japonesas a partir do ensino médio, dessa forma quando comparado com outros países o nível de conhecimento e entendimento geral ainda é baixo.

Falta de consideração com a diversidade

As escolas japonesas não são muito abertas quanto a diversidade, por exemplo, caso seu cabelo seja castanho (e não preto como o da maioria) você precisa apresentar um certificado comprovando que essa é a cor do seu cabelo natural. Mesmo que o número de crianças e jovens mestiços (filhos de japoneses com pessoas de outras nacionalidades) esteja crescendo, e muitas pessoas concordem que é necessário mudar, ainda é difícil convencer as escolas a reconsiderar essas regras.

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