Namoros e relações mudam bastante dependendo do país e da cultura, e cada sociedade tem uma visão diferente sobre amor. Então se você já pensou em viver no Japão ou apenas está curioso sobre como o romance acontece entre os japoneses, esse artigo é para você!
Índice
Se declarando e fase inicial
告白 (kokuhaku)
Se declarando para a pessoa querida
No Japão, a maioria dos encontros acontece depois que um dos lados se declarou (kokuhaku), dizendo que gosta da outra pessoa. Assim que a outra pessoa aceita os sentimentos de quem se declarou, o período de encontros para se conhecer melhor começa. Essas cenas são representadas em muitos doramas e animes, quando um personagem entrega uma carta para o outro, porém esse método é usado apenas por estudantes.
Sem essa declaração, pode ser difícil saber como está a relação, pois caso saia para jantar ou almoçar com alguém um conhecido pode ou não ser considerado um encontro, já para amigos próximos não significar algo romântico. E por isso as declarações verbais são importantes para esclarecer a relação entre as pessoas.
Goukon (合コン)
Encontros em grupo
Outra característica interessante da cultura de namoro japonês são os goukon, que são eventos para quem está procurando por parceiros. Esses encontros, que são normalmente jantares ou festas com bebidas, são organizados por amigos ou conhecidos e podem envolver diferentes círculos como o “amigo do amigo”. Essa é uma boa oportunidade para conhecer novas pessoas de forma conveniente e segura, e se der sorte, encontrar um novo amor.
Konkatsu
Procurando um parceiro para casar
Esses eventos são mais formais que os goukon e normalmente são organizados por profissionais, que fazem triagem dos candidatos e organizam espaços para pessoas solteiras encontrarem parceiros de casamento. Na maioria dos casos, os participantes podem interagir com pessoas com interesses, idade, salários e experiências similares.
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Chamar alguém pelo nome
Assim que a relação é estabelecida, os namorados podem se tornar mais íntimos, e se chamar pelo nome. Isso pode parecer confuso para nós pois chamamos todo mundo pelo nome, porém os japoneses chamam uns aos outros pelo sobrenome, sendo que chamar pelo nome fica reservado para pessoas próximas como amigos, familiares ou namorados.
Encontros
Nos encontros os casais passam metade do dia, ou o dia todo juntos, fazendo diversas atividades. Para atividades ao ar livre, casais vão em caminhadas, parques de diversões, aquários e festivais. A maioria dos encontros de casal no Japão são feitos só com os dois, sem outros amigos, contudo “encontros duplos” (double date, quando dois casais saem juntos) também acontecem. Casais japoneses também aproveitam a companhia um do outro passando tempo em casa, assistindo filmes, jogando ou comendo juntos.
Casais podem dar as mãos em público, mas a sociedade japonesa não encoraja demonstrações públicas de afeto. Também é comum os casais dividirem a conta das refeições e outros custos do encontro, contudo para eventos importantes como Natal e aniversários é esperado que o homem pague, assim como no primeiro encontro.
Outro aspecto interessante dos romances no Japão, é o dia dos namorados que acontece em 14 de Fevereiro e é muito diferente do nosso, incluindo um dia a mais chamado de White Day! Para saber mais confira esse artigo aqui.
Planejando o futuro
Conhecendo os pais
Tradicionalmente, casamentos no Japão eram arranjados pelos pais dos noivos e noivas, mas atualmente os pais têm uma posição menor de apenas aceitar as decisões dos seus filhos. No entanto, a aprovação dos pais é importante para a estabilidade e durabilidade de um casamento.
O encontro formal antigo, deu lugar a encontros mais casuais entre parceiros e pais, que servem para que os pais possam saber mais sobre a pessoa (seus valores, sonhos etc) que seus filhos escolheram. Contudo, apresentar os parceiros para os pais demonstra comprometimento, logo uma relação mais séria.
Razões para casamentos tardios no Japão
Uma das razões dada para a queda na taxa de natalidade no Japão são os casamentos tardios, reduzindo as chances das mulheres de terem filhos. Isso acontece parcialmente porque as mulheres vêm tendo mais acesso à educação superior e melhores oportunidades de trabalho em áreas que eram dominadas por homens. Problemas relacionados à divisão de tarefas domésticas ou cuidar dos filhos também causam conflitos, o que faz muitas pessoas preferirem deixar para casar mais tarde.
